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No Segundo dia do julgamento de Zófimo Muiuane, acusado de ter morto a própria esposa, Valentina Guebuza, a tiro, a ajudante de campo e a babá da filha do casal, dizem não ter ouvido nenhum disparo vindo do interior do quarto e que só ouviram quando a vítima gritou desesperadamente.

Por volta das 10 horas, de hoje, Zófimo Muiuane chegava sob forte contingente policial para o segundo dia da sessão de julgamento, no tribunal da cidade de Maputo. O dia foi reservado para ouvir depoimentos dos declarantes.
Mussumbuluko Guebuza, de 38 anos, irmão da vítima e quem prestou queixa, no dia 15 de Dezembro de 2016, um dia depois do sucedido, foi o primeiro declarante da sessão.
O declarante revelou que a sua irmã, Valentina Guebuza, por volta das 20 horas e 10 minutos, enviou uma mensagem a dizer que necessitava de segurança. Passados 15 minutos, Mussumbuluko contactou o seu pai, Armando Guebuza, que de seguida mandou seguranças para a residência do casal.
O declarante afirmou que tinha uma boa relação com o arguido, enquanto seu cunhado, entretanto, com tempo foi descobrindo que era fingido. “Pude perceber que ele tinha duas caras. Em casa era violento e mau. Em casa dos sogros mostrava-se um genro exemplar e amigo”.
Já Raquel João, de 31 anos de idade, que trabalhou durante oito meses como Ajudante de Campo, ADC, de Valentina Guebuza, presenciou os factos. Na noite do incidente, ela estava no interior da casa, por suas palavras, afirmou perante a juíza que não ouviu qualquer barulho estranho senão o grito, à semelhança da babá da criança, que também se encontrava dentro da casa.
“…Ouvi um grito diferente. Subi lá para cima, vi a chefe deitada no chão. Foi o último grito. Vi a arma no chão. Apanhei e coloquei atrás da cintura… Perguntei ao senhor Zófimo: ‘O que se passa’ e ele respondeu: ‘Já fiz…Já fiz’… Depois arrancou-me a arma e mandou-nos sair do quarto…”.
A Ajudante de Campo, Regina Mucavele, afirmou que: “Quando cheguei ao quarto, depois de ouvir o grito, o senhor Zófimo exigia a arma. Depois vi um carregador de arma no chão. O senhor Zófimo disse para irmos ficar lá em baixo… Eu perguntei, porquê fez aquilo, ele disse: ‘Ela ofendeu-me perante os padrinhos”.
As declarações da babá contradizem-se as da ADC, quando afirma que em nenhum momento Zófimo Muiuane obrigou-a a devolver a arma. A ADC tirou o dispositivo da cintura e devolveu. Regina revela que depois que a sua colega devolveu a arma não falou mais nada.

Enquanto a ADC diz que o arguido segurou-a pela cintura exigindo que devolvesse a arma. Amanhã, a sessão de julgamento continua, para se ouvir mais declarantes.

Declarantes ouvidos no julgamento de Zófimo Muiuane

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No Segundo dia do julgamento de Zófimo Muiuane, acusado de ter morto a própria esposa, Valentina Guebuza, a tiro, a ajudante de campo e a babá da filha do casal, dizem não ter ouvido nenhum disparo vindo do interior do quarto e que só ouviram quando a vítima gritou desesperadamente.

Por volta das 10 horas, de hoje, Zófimo Muiuane chegava sob forte contingente policial para o segundo dia da sessão de julgamento, no tribunal da cidade de Maputo. O dia foi reservado para ouvir depoimentos dos declarantes.
Mussumbuluko Guebuza, de 38 anos, irmão da vítima e quem prestou queixa, no dia 15 de Dezembro de 2016, um dia depois do sucedido, foi o primeiro declarante da sessão.
O declarante revelou que a sua irmã, Valentina Guebuza, por volta das 20 horas e 10 minutos, enviou uma mensagem a dizer que necessitava de segurança. Passados 15 minutos, Mussumbuluko contactou o seu pai, Armando Guebuza, que de seguida mandou seguranças para a residência do casal.
O declarante afirmou que tinha uma boa relação com o arguido, enquanto seu cunhado, entretanto, com tempo foi descobrindo que era fingido. “Pude perceber que ele tinha duas caras. Em casa era violento e mau. Em casa dos sogros mostrava-se um genro exemplar e amigo”.
Já Raquel João, de 31 anos de idade, que trabalhou durante oito meses como Ajudante de Campo, ADC, de Valentina Guebuza, presenciou os factos. Na noite do incidente, ela estava no interior da casa, por suas palavras, afirmou perante a juíza que não ouviu qualquer barulho estranho senão o grito, à semelhança da babá da criança, que também se encontrava dentro da casa.
“…Ouvi um grito diferente. Subi lá para cima, vi a chefe deitada no chão. Foi o último grito. Vi a arma no chão. Apanhei e coloquei atrás da cintura… Perguntei ao senhor Zófimo: ‘O que se passa’ e ele respondeu: ‘Já fiz…Já fiz’… Depois arrancou-me a arma e mandou-nos sair do quarto…”.
A Ajudante de Campo, Regina Mucavele, afirmou que: “Quando cheguei ao quarto, depois de ouvir o grito, o senhor Zófimo exigia a arma. Depois vi um carregador de arma no chão. O senhor Zófimo disse para irmos ficar lá em baixo… Eu perguntei, porquê fez aquilo, ele disse: ‘Ela ofendeu-me perante os padrinhos”.
As declarações da babá contradizem-se as da ADC, quando afirma que em nenhum momento Zófimo Muiuane obrigou-a a devolver a arma. A ADC tirou o dispositivo da cintura e devolveu. Regina revela que depois que a sua colega devolveu a arma não falou mais nada.

Enquanto a ADC diz que o arguido segurou-a pela cintura exigindo que devolvesse a arma. Amanhã, a sessão de julgamento continua, para se ouvir mais declarantes.
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