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O Governo do Haiti considerou hoje que as afirmações de "países de merda" atribuídas a Donald Trump numa reunião com senadores sobre política migratória, "refletem uma visão simplista e racista" do Presidente dos Estados Unidos.


O executivo de Port-au-Prince considerou "inaceitáveis" as referências de Donald Trump ao Haiti, El Salvador e a países africanos, em comunicado divulgado hoje, aniversário do sismo que provocou mais de 200 mil mortos naquela nação caribenha, em 2010.

"O Governo haitiano condena, com a maior firmeza, estas hediondas e desprezíveis palavras", que o Presidente norte-americano negou hoje, na conta pessoal na rede social Twitter.
Donald Trump admitiu ter usado "linguagem dura" na reunião de quinta-feira, mas negou a expressão "países de merda" para se referir ao Haiti, El Salvador e nações africanas.
De acordo com fontes conhecedoras do teor da reunião de quinta-feira, citadas pela imprensa dos EUA, Trump qualificou El Salvador, Haiti e várias nações africanas, que não identificou, de "países de merda", sinalizando que preferia abrir as portas a imigrantes procedentes de países como a Noruega.
O senador democrata Dick Durbin, presente na reunião, reiterou hoje que Donald Trump usou "várias vezes" a expressão "países de merda".
"Pronunciou essas palavras cheio de ódio", sublinhou o senador, confirmando as afirmações, que geraram protestos de vários quadrantes da comunidade internacional, entre os quais as Nações Unidas e a Fundação Haitiana em território norte-americano.
A União Africana (UA), organização intergovernamental com 55 Estados membros, considerou que as declarações de Trump são "ofensivas" e "perturbadoras".
"Não são apenas ofensivas para as pessoas de origem africana nos Estados Unidos, mas também para os cidadãos africanos", disse à agência France Presse Ebba Kalondo, o porta-voz do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki.
Também o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul, considerou as afirmações "extremamente ofensivas".
A secretária-geral do ANC, Jessie Duarte, afirmou que os países em desenvolvimento têm dificuldades, mas assinalou que os Estados Unidos têm milhões de pessoas sem trabalho ou sem cuidados de saúde.
O Botsuana convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos naquele país africano e classificou as declarações de Trump "altamente irresponsáveis, repreensíveis e racistas".
O Presidente do Senegal, Macky Sall, manifestou-se chocado com as declarações de Trump e disse que "África e a raça negra merecem o respeito e a consideração de todos".
Lusa

Governo do Haiti considera afirmações de Donald Trump racistas

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O Governo do Haiti considerou hoje que as afirmações de "países de merda" atribuídas a Donald Trump numa reunião com senadores sobre política migratória, "refletem uma visão simplista e racista" do Presidente dos Estados Unidos.


O executivo de Port-au-Prince considerou "inaceitáveis" as referências de Donald Trump ao Haiti, El Salvador e a países africanos, em comunicado divulgado hoje, aniversário do sismo que provocou mais de 200 mil mortos naquela nação caribenha, em 2010.

"O Governo haitiano condena, com a maior firmeza, estas hediondas e desprezíveis palavras", que o Presidente norte-americano negou hoje, na conta pessoal na rede social Twitter.
Donald Trump admitiu ter usado "linguagem dura" na reunião de quinta-feira, mas negou a expressão "países de merda" para se referir ao Haiti, El Salvador e nações africanas.
De acordo com fontes conhecedoras do teor da reunião de quinta-feira, citadas pela imprensa dos EUA, Trump qualificou El Salvador, Haiti e várias nações africanas, que não identificou, de "países de merda", sinalizando que preferia abrir as portas a imigrantes procedentes de países como a Noruega.
O senador democrata Dick Durbin, presente na reunião, reiterou hoje que Donald Trump usou "várias vezes" a expressão "países de merda".
"Pronunciou essas palavras cheio de ódio", sublinhou o senador, confirmando as afirmações, que geraram protestos de vários quadrantes da comunidade internacional, entre os quais as Nações Unidas e a Fundação Haitiana em território norte-americano.
A União Africana (UA), organização intergovernamental com 55 Estados membros, considerou que as declarações de Trump são "ofensivas" e "perturbadoras".
"Não são apenas ofensivas para as pessoas de origem africana nos Estados Unidos, mas também para os cidadãos africanos", disse à agência France Presse Ebba Kalondo, o porta-voz do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki.
Também o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul, considerou as afirmações "extremamente ofensivas".
A secretária-geral do ANC, Jessie Duarte, afirmou que os países em desenvolvimento têm dificuldades, mas assinalou que os Estados Unidos têm milhões de pessoas sem trabalho ou sem cuidados de saúde.
O Botsuana convocou hoje o embaixador dos Estados Unidos naquele país africano e classificou as declarações de Trump "altamente irresponsáveis, repreensíveis e racistas".
O Presidente do Senegal, Macky Sall, manifestou-se chocado com as declarações de Trump e disse que "África e a raça negra merecem o respeito e a consideração de todos".
Lusa
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